Atleta profissional ou “jogadô”!

Edilson De Souza - @edilsondsouza - 25/06/2015 às 21h59min

Não é incomum verificarmos cronistas em acalorados debates sobre a qualidade do nosso futebol. Os saudosistas insistem em dizer que o futebol de antigamente era mais bonito e prazeroso de se ver, seja ao vivo ou pela televisão.

Há uma enorme discussão, verdadeira polemica entre os amantes do futebol arte para tentar descobrir se com este ritmo atual de jogo, com o aprimoramento físico, um jogo mais corrido que jogado, craques como Pelé, Garrincha, Franz Beckenbauer, Puskas, Eusébio e etc. jogariam nos dias de hoje.

O esporte mais popular do mundo, há tempos deixou de ser uma pratica de “boleiros” nos finais de semana. Nos dias atuais, não basta ser craque, tem ser um verdadeiro atleta profissional de futebol.

Baladas, bebidas, cigarros e mulheres bonitas sempre fizeram e ainda fazem parte da historia dos profissionais do futebol.

Contudo, em outros tempos, nos quais a falta de profissionalismo dava abertura para o surgimento de talentosos jogadores sobreviverem na profissão. Era outra realidade que privilegiava a técnica e o físico nem tinha tanta importância, pois a dinâmica era outra completamente diferente.

Por certo, vivemos outro momento, também que o futebol alcançou um patamar muito elevado e não é permitida a presença de curiosos, amadores e os conhecidos “boleiros”.

Quando falamos de futebol estamos falando do maior esporte de massa do mundo. Falamos de um negocio que movimenta um volume incontável de recursos financeiros em todos os processos ate que a bola comece a rolar dentro de campo. Essa maquina não pode parar simplesmente porque uma parte da engrenagem (o jogador) deixe de funcionar, simplesmente por uma bebedeira ou algumas noites sem dormir.

Obviamente, ser jogador de futebol profissional é um privilegio para poucos. Contudo, poucos conseguem. Muitos sonham em estar na mídia, ter belos salários, status. A conseqüência desse sucesso é o surgimento de muitos “amigos”, muitas facilidades e cobiça alheia. O resultado disso quase sempre é um desvio de conduta profissional.

Então sugiro que os clubes, quando da formação de novos jogadores em suas respectivas categorias de base procurem dar informações que sirvam para formar homens que possam se transformar em verdadeiros atletas profissionais a serviço de seus clubes e “menos boleiros” preocupados apenas com diversão em baladas.

Mas retomando a discussão, das diferenças do futebol antigo com muita técnica e sem muita preocupação com a preparação física, da existência de jogadores de futebol e da inexistência de atletas profissionais, posso assegurar que em termos técnicos, os jogadores que fizeram sucesso no passado jogariam nos dias de hoje. Jogariam por serem, exceto Garrincha, já nas suas épocas, alem de ótimos jogadores, verdadeiros atletas do futebol. No caso especifico de Pelé, o melhor de todos, por ser atleta, certamente faria o dobro de gols que o fizera.



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