Os clubes brasileiros, por pura incompetência administrativa estão mergulhados em uma enorme crise financeira. Diferentemente daquilo que ocorria em outros tempos, no qual havia um presidente que mandava e resolvia todos os problemas, era um verdadeiro mecenas, um novo modelo foi adotado pela maioria deles: criaram o tal “Grupo de Gestão”. A fórmula mágica encontrada para resolver a falta de competência nas administrações e trazer mais dinheiro resolveu em parte os problemas. Pois, essa ação possibilita trazer dinheiro pela influencia das pessoas, mas, trás de contrapeso elementos que não sabem nada de futebol e pela força da influencia se arvoram a conhecer futebol.
Logo, de nada adianta um grupo de trabalho entender de administração, tentar resolver os problemas econômicos do clube, não ter pessoas conhecedoras do mercado e da formação de elenco. Já disse anteriormente que um dos maiores pecados cometidos por essa gente que esta começando a entender de futebol é não ter convicção do trabalho que esta sendo feito. Por exemplo, quando demitem seus treinadores quando da ausência de resultados positivos e quando se acham competentes para formar elencos.
O Coritiba é um clube brasileiro que optou por esse modelo de gestão. Então, não é apenas o presidente quem manda. Forma-se um colegiado onde todos mandam, porém, nem todos são responsáveis pelos erros cometidos. Por isso, cabe ao torcedor saber quem é o responsável por esse elenco. Não recordo qual foi a ultima campanha feita pelo Coritiba, no Brasileiro. Mesmo quando disputou por duas vezes a Copa do Brasil, o Brasileiro foi realizado com muito sofrimento e com eminente risco de rebaixamento.
Neste ano não está sendo diferente. Quem responde por esse elenco formado com jogadores que preferem ficar encostados no DM a entrar em campo e jogar futebol. Se é que existe ainda essa tal “Grupo de Gestão”, porque vemos que ele já foi dissolvido pela falta de unidade interna, os que sobraram deveriam entrar em cena e reverter esse quadro caótico. Mesmo sendo contra os meus princípios futebolísticos, devo sugerir a esses senhores que estão à frente dos destinos do Coritiba uma reviravolta total.
Ainda há tempo, entretanto, não sei se há dinheiro para reconstruir esse elenco formando um novo time. Esse que ai está já provou que não tem força e nem vontade para reverter essa situação. Sejam inteligentes para demitir e para contratar. Nada contra a chegada de Michel. Contudo, seria a posição mais carente do grupo? Não vai atrapalhar o crescimento dessa jóia chamada Evandro? Alias, adoraria saber qual o verdadeiro motivo de contratarem um monte de jogadores sem as mínimas condições de jogar e a total falta de interesse em contar com jogadores formados na base. Não quero acreditar que, mesmo com as péssimas condições financeiras do clube, há a necessidade de fazer negócios em benefícios de interesses próprios e de amigos empresários.
Sem objetividade!
Não tenho dúvida nenhuma que a chegada do Fernando Diniz deu ao Paraná Clube um novo jeito de jogar. Insisto que podemos discutir se gostamos ou não gostamos do modelo. Em um momento da mesmice que vivemos no futebol brasileiro, tudo que vier a ser inovação será bem vinda como sugestão, mas encontrará resistência.
Eu faço parte desses resistentes aos modelos alternativos e as idéias mirabolantes. Se eu gosto de um time que faz opção por tocar a bola, não sou apaixonado pelos números que as estatísticas apresentam. A meu ver, de nada adianta ter a posse de bola no maior tempo da partida, se em um lance mais agudo o time adversário vence o jogo.
O Paraná Clube com esse novo modelo de jogar, nessa louvável mudança, pois o time era uma desorganização pura e hoje tem seu jeito próprio de jogar, precisa encontrar alternativas de jogo. De nada adianta ficar tocando a bola do meio campo para trás sem ser objetivo. Outra coisa, o técnico precisa encontrar uma variação para esse modelo.
O que tenho observado é que jogando deste jeito, de um time que tem futuro na competição passará a ser uma presa fácil para seus adversários.
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